segunda-feira, 27 de maio de 2013

Funcionários da FTC cobram direitos trabalhistas na Câmara Municipal

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Crédito: Valdemiro Lopes

Funcionários da FTC cobram direitos trabalhistas

Miriã Fonseca denunciou descaso da faculdade particular na Tribuna Popular Valdemiro Lopes
A Tribuna Popular da Câmara Municipal de Salvador foi utilizada, na sessão desta segunda-feira (27), pela professora Miriã Fonseca, que falou em nome do grupo de funcionários demitidos pela Fundação de Tecnologia e Ciência (FTC). Ela denunciou o desrespeito aos direitos trabalhistas dos cerca de 500 professores e servidores da instituição, tanto na capital quanto no interior do estado, e pediu o apoio dos vereadores para a causa.
“Não estamos envolvidos numa luta apenas trabalhista, mas também pela melhoria do nível do ensino superior em nossa cidade”, frisou, chamando atenção para o caos instalado tanto na FTC quanto em outras faculdades privadas instaladas em Salvador. A FTC foi uma das 14 instituições da Bahia descredenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) com o Programa Universidade Para Todos (Prouni), por não comprovar regularidade fiscal.
Segundo Miriã Fonseca, os estudantes matriculados na instituição também estão sofrendo com o descaso da empresa, enfrentando dificuldades para receber diplomas ou ter acesso ao FIES.
O movimento dos demitidos pretende bloquear os recursos do FIES e PROUNI (verbas federais) para que a FTC cumpra com as determinações da Justiça do Trabalho. O argumento é que a instituição não tem inadimplência e ainda recebe verbas federais, alem de contar com muitos contratos celebrados com prefeituras do interior do estado, podendo arcar com os direitos trabalhistas dos seus funcionários.
Solidariedade
O vereador Sílvio Humberto (PSB), presidente da Comissão de Educação, foi o primeiro a declarar solidariedade aos demitidos, conclamando os colegas a também apoiarem o movimento. Ele colocou o colegiado à disposição dos professores e funcionários da FTC para intermediar a negociação com a empresa. Suíca (PT) classificou a prática da instituição de ensino privado como “calote” e Leandro Guerrilha (PSL) disse que a FTC “está dando um péssimo exemplo aos estudantes, desrespeitando os professores”.
Odiosvaldo Vigas (PDT) lembrou que a educação é prioridade para o programa do seu partido e defendeu que “os professores, assim como todos os profissionais, têm que ter seus direitos trabalhistas garantidos”. O vereador Tiago Correia (PTN) argumentou que a educação tem que ser vista com olhos mais críticos, diante do descaso com que muitas instituições vêm tratando estudantes e trabalhadores.
Já Marcell Moraes (PV) acusou muitas faculdades privadas de tratarem a educação como mercadoria: “O MEC precisa fiscalizar essa mercantilização. A Facet (Faculdade de Artes, Ciências e Tecnologias) é outro exemplo, está fechada e os estudantes sem seus diplomas”. A vereadora Ana Rita Tavares (PV) também se solidarizou com os demitidos da FTC e sugeriu que o Ministério Público intervenha para solucionar o impasse.

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