quarta-feira, 23 de março de 2011

O conto do depósito do FGTS




O conto do depósito do FGTS bem que poderia ser uma história da Carochinha, mas combina muita mais com um conto do Vigário onde a vigarice mor é engendrada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia, vulgo FTC. “Aquela que pretende ser a melhor para você”, contra um grupo de profissionais da educação, vulgo professores.
Agora que conhecemos os personagens principais, do nosso conto, que também poderia ser considerado uma crônica do calote anunciado, vamos aos fatos: no último dia 15 de março foi marcada a audiência na 10ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho-5ª  Região, de um grupo de professores demitidos sem justa causa contra a FTC,  que até então não havia cumprido nenhum dos itens das leis trabalhistas quando do distrato. Momento aguardado ansiosamente por nove educadores, até aqui tratados na verdade como palhaços, sem nenhum demérito a estes profissionais da alegria, sic.
Encontramos-nos então perante a Juíza, que já havia desde o 28 de janeiro obrigado a FTC a depositar o FGTS, bem como a multa de 40%, sob a  pena de pagar uma multa diária de R$ 200,00. Após os ritos habituais neste tipo de contenda,  as partes são convidadas a fazer seu pronunciamento. É nesta oportunidade que somos mais uma vez tratados com escárnio, quando o descaso mostra sua face prodigiosa. Bem  perante a Justiça, acho que agora entendo sua cegueira,  os representantes da FTC apresentam  recibos de depósitos do FGTS conseguindo adiar a resolução e consequentemente o pagamento das nossas indenizações.
Mais uma vez utilizando meios no mínimo duvidosos esta instituição consegue fugir das suas responsabilidades trabalhistas, pois como foi constatado pelos denunciantes não houve depósito nas contas do FGTS da maioria deles. Alguns em sua  ânsia de justiça, fizeram verificações junto a instituição responsável três vezes durante a última semana e nada.
Ficam então as nossas indagações/indignações de três meses de luta: Será a certeza da impunidade que leva esta instituição a agir com tal desrespeito? Em qual instância essa impunidade será cerceada? Até onde precisaremos ir para ter nossos direitos garantidos?
No próximo 18 de abril nos encontraremos mais uma vez aguardemos a manobra ardilosa utilizada nesta ocasião para obstruir a Justiça.
Miriã Fonseca

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